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Como as funções executivas evoluem ao longo da infancia e início da adolescencia?

As funções executivas são responsáveis pelo controle e coordenação dos processos cognitivos e comportamentais, e têm um papel central no desenvolvimento do comportamento adaptativo. As funções executivas incluem habilidades como planejamento, tomada de decisões, inibição de respostas inadequadas ou impulsivas, atenção seletiva e flexibilidade cognitiva.
A seguir, estão algumas das habilidades executivas mais proeminentes associadas a diferentes faixas etárias:
5 anos: Nessa idade, as funções executivas estão começando a se desenvolver. As crianças podem se concentrar em uma tarefa por até 15 minutos e melhoram a habilidade de controlar o comportamento impulsivo. Eles também começam a desenvolver a capacidade de inibir as respostas automáticas, como apertar um botão quando são instruídos a não fazê-lo, ou resistir à tentação de comer um doce quando eles têm permissão para fazê-lo mais tarde.
7 anos: Nessa idade, as crianças mostram um maior controle emocional e uma maior capacidade de manter e manipular informações na memória de trabalho. Eles também desenvolvem habilidades de planejamento, e são capazes de se organizar e realizar tarefas mais complexas, como montar um quebra-cabeça. Eles também começam a mostrar mais flexibilidade cognitiva e podem mudar de atividade sem se sentir excessivamente frustrados ou desconfortáveis.
8 anos: As crianças de 8 anos de idade mostram maior controle inibitório, flexibilidade cognitiva e planejamento do que as crianças de 7 anos. Eles podem se concentrar em uma tarefa por até 20 minutos, lembrar de várias tarefas que precisam ser feitas e planejar como fazer cada uma delas.
9 anos: As crianças começam a mostrar uma crescente habilidade na resolução de problemas. Eles podem lidar com problemas mais complexos, como resolver um problema matemático e ajustar suas estratégias em resposta a mudanças na situação.
10 anos: As crianças começam a mostrar flexibilidade cognitiva e controle emocional mais sofisticados. Eles podem mudar de atividade sem ter dificuldade em deixar uma tarefa para fazer outra, e são menos afetados pelas emoções negativas quando enfrentam desafios ou fracassam em uma tarefa.
11 anos: As crianças têm maior capacidade de controlar seu comportamento, emoções e atenção, e são capazes de manter simultaneamente mais informações na memória de trabalho. Eles também mostram uma maior compreensão das perspectivas dos outros e são mais capazes de considerar essas perspectivas na tomada de decisão.
12 anos: As crianças desenvolvem uma capacidade mais sofisticada de planejamento, podem pensar de forma mais prospectiva, prevendo os resultados de uma ação ou evento. Eles também são capazes de lidar com informações mais complexas e sintetizar informações de várias fontes.
13 anos: As habilidades de raciocínio abstrato, pensamento de alto nível e resolução de problemas tornam-se mais sofisticadas. As crianças são capazes de considerar perspectivas múltiplas e altamente abstratas e tomar decisões mais complexas, assim como trabalhar em projetos de longo prazo.

O desenvolvimento das funções executivas, incluindo a capacidade de atenção seletiva, inibição de respostas inadequadas, planejamento e organização, é fundamental para o sucesso das crianças em atividades escolares e na vida em geral. Impulsionados pelas capacidades das funções executivas, as crianças são capazes de pensar criticamente, resolver problemas, prever resultados, adaptar sua aprendizagem, e filtrar informações irrelevantes de acordo com as demandas situacionais.
As funções executivas ajudam as crianças a pensar de forma crítica sobre o que estão aprendendo, permitindo-lhes entender novos conceitos e conceber ideias abstratas. A atenção seletiva, por exemplo, permite que as crianças se concentrem em questões relevantes e ignorem informações irrelevantes, o que facilita a compreensão de novos tópicos. A inibição é importante para impedir distrações e manter o foco, o que é crítico para reter informações e resolver problemas.
As funções executivas também apoiam os processos de resolução de problemas, capacidade de memória, e a criatividade. A resolução de problemas depende da capacidade de planejamento e organização adequada, permitindo que a criança selecione e aplique estratégias relevantes de solução de problemas. A capacidade de memória é auxiliada pela função executiva de atenção seletiva, permitindo que a criança selecione as informações mais importantes para recordar. A criatividade é impulsionada pela flexibilidade cognitiva, permitindo que os indivíduos mudem de perspectiva e gerem soluções alternativas para problemas.
Outra forma pela qual as funções executivas ajudam as crianças a aprender é através da sua capacidade de autorregulação. As crianças com maiores capacidades de autorregulação são capazes de assumir responsabilidade por seus próprios processos de aprendizagem, estabelecer metas sólidas e manter a motivação adequada para atingir essas metas. Além disso, essas crianças são capazes de lidar com frustrações e falhas de uma maneira mais saudável, buscando novas soluções para problemas.
As habilidades executivas são críticas para a aprendizagem tanto em termos acadêmicos quanto sociais. Desta forma, encorajar o desenvolvimento das habilidades executivas durante os primeiros anos de vida pode ser fundamental para a preparação das crianças para a escola e, posteriormente para o mercado de trabalho. À medida que as crianças desenvolvem e refinam essas habilidades, elas

A criação de um ambiente enriquecido para o desenvolvimento das funções executivas é importante tanto para os cuidadores quanto para as crianças, pois essa abordagem ajuda as crianças a estabelecer habilidades cruciais para a aprendizagem e colocá-las em boa posição em diversas áreas da vida, incluindo o desempenho escolar.

O papel dos pais

O papel dos pais na promoção do desenvolvimento das funções executivas de seus filhos é crítico desde os primeiros anos de vida. A parentalidade de apoio, incluindo a criação de relações acolhedoras e seguras, é importante para o desenvolvimento das funções executivas. A parentalidade sensível e responsiva ajuda a promover a regulação emocional e a autocognição, que por sua vez estão ambos relacionados com o desenvolvimento das funções executivas. Além disso, os pais precisam incentivar o planejamento, organização e outras habilidades, o que pode ser realizado com a criação de um ambiente que promova a curiosidade e a exploração.
As interações pais-filhos que promovem a capacidade de regulação emocional também podem ter um grande impacto no desenvolvimento das funções executivas. Relações afetuosas e calmas ajudam as crianças a aprender a controlar suas próprias emoções, a responder adequadamente a situações desafiadoras e a lidar com as emoções em situações estressantes. Isso ajuda a desenvolver uma maior capacidade de controle em relação aos estímulos externos e retarda as respostas impulsivas.
Os pais também podem fornecer um ambiente enriquecedor de modo a promover outras habilidades centrais das funções executivas, incluindo atenção seletiva, resolução de problemas e planejamento. Incentivar, por exemplo, a exploração e a curiosidade do ambiente circundante, pode promover a atenção seletiva, sendo a resolução de problemas desafiadores importantes para o desenvolvimento da habilidade na resolução de problemas. As situações em que as crianças tenham que planejar e tomar decisões também são importantes para o desenvolvimento da habilidade de planejar e organização.
É importante observar que o enriquecimento ambiental pode influenciar o desenvolvimento das funções executivas de crianças de todas as origens socioeconômicas. Os pais e cuidadores são críticos para essa promoção e desenvolvimento, e a criação de ambientes cognitivamente ricos permitem que as crianças estejam melhor preparadas para enfrentar desafios significativos no futuro. Uma abordagem eficaz para assegurar o desenvolvimento das funções executivas é considerar como as capacidades elas podem ser estimuladas em situações cotidianas de interação. Induzir brincadeiras cooperativas e suportando-as em situações de rotina são chave para o desenvolvimento das funções executivas.
Assim, por meio da parentalidade de apoio e da promoção de fluídos cognitivos, tais como atenção seletiva, resolução de problemas e planejamento, os pais podem ajudar no desenvolvimento das habilidades executivas das crianças, influenciando assim sua capacidade cognitiva, comportamento adaptativo e sucesso escolar.

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Dra. Jerlene Barbosa - Neurologista
Dr. Geraldo Barbosa - Neuropediatra