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Como avaliamos funções executivas em crianças abaixo de 5 anos?

A avaliação das funções executivas em crianças com menos de 5 anos pode ser um pouco mais desafiadora em comparação com crianças mais velhas. Isso ocorre porque muitos dos testes de funções executivas disponíveis foram desenvolvidos para crianças mais velhas e podem ser muito complexos ou difíceis demais para crianças pequenas. Além disso, muitos dos principais comportamentos controlados pelas funções executivas (como planejamento, pensamento crítico, noção de consequências, entre outros) ainda estão se desenvolvendo nas crianças pequenas, então é importante ter em mente que a performance de uma criança nessa faixa etária pode parecer inconsistente ou limitada.
Uma maneira comum de avaliar funções executivas em crianças pré-escolares é por meio de brincadeiras e jogos que podem ser adaptados para medir a habilidade da criança em controlar seus comportamentos e ações. Exemplos incluem brincar de “sim ou não”, jogo de esconde-esconde, jogos de memória, entre outros. Além disso, questionários podem ser respondidos pelos pais e professores para obter uma visão geral da avaliação comportamental da criança.
Um teste famoso – o Teste do Marshmallow, foi usado para avaliar a capacidade da criança de adiar a gratificação, um comportamento tipicamente controlado pelas funções executivas e considerado precursor do autocontrole e tomada de decisões. Nesse teste, uma criança é colocada em frente a um prato contendo um marshmallow e é informada de que pode comê-lo imediatamente ou esperar até que o examinador retorne para receber um segundo marshmallow como recompensa por sua capacidade de esperar. A quantidade de tempo que a criança consegue esperar é usada como medida da capacidade dela de controlar o comportamento impulsivo.

Existem diversas variações do Teste do Marshmallow que podem ser usadas para avaliar a capacidade da criança de adiar uma recompensa. Algumas dessas variações são:

  1. Teste do biscoito: Em vez do marshmallow, a criança é oferecida a possibilidade de ganhar dois biscoitos se esperar um período de tempo pré-determinado. Esse teste é semelhante ao Teste do Marshmallow com a diferença que algumas crianças podem não preferir marshmallows, dificultando a aplicação do teste.
  2. Teste da lousa: Um experimento no qual a criança é instruída a não olhar para uma lousa coberta com a resposta correta de uma pergunta de trivia, enquanto o examinador se afasta. Se a criança resistir à tentação de olhar, ela ganha pontos ou prêmios.
  3. Teste do brinquedo: Um teste que envolve pedir a uma criança para esperar um período de tempo antes de receber um brinquedo desejado. Se ela conseguir esperar, ela receberá o brinquedo com incentivos adicionais, como mais tempo de jogo.
  4. Teste da história: Um teste em que a criança é informada de que há uma surpresa na próxima página de um livro e é instruída a contar quantas vezes o examinador piscou enquanto lê a história. Ao final da história, o examinador oferece a chance de trocar o mistério da surpresa por algo menos surpreendente.
    No final, o objetivo dessas variações do teste é avaliar a capacidade da criança de resistir ao impulso de recompensa imediata e adiar gratificação, que é geralmente controlado pelas funções executivas. No entanto, é importante lembrar que o teste deve ser apenas um dos aspectos avaliados na compreensão do desenvolvimento da criança e que limitações e fraquezas em áreas específicas da função executiva não necessariamente significam uma limitação no desenvolvimento geral da criança.

No final, o objetivo dessas variações do teste é avaliar a capacidade da criança de resistir ao impulso de recompensa imediata e adiar gratificação, que é geralmente controlado pelas funções executivas. É importante lembrar que o teste deve ser apenas um dos aspectos avaliados na compreensão do desenvolvimento da criança e que limitações e fraquezas em áreas específicas da função executiva não necessariamente significam uma limitação no desenvolvimento geral da criança.

É importante lembrar que essas ferramentas de avaliação são apenas uma parte do quadro geral e devem ser usadas em conjunto com observação cuidadosa do comportamento da criança em situações do dia-a-dia. A avaliação deve ser feita por especialistas em desenvolvimento infantil e juntamente com os pais e cuidadores da criança para obter a compreensão mais completa possível do seu desenvolvimento.

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Dra. Jerlene Barbosa - Neurologista
Dr. Geraldo Barbosa - Neuropediatra